sábado, agosto 31, 2013

quero! #3

❥ senhor Ortega, precisamos de falar, assim não há orçamento que resista

@zara #fall/winter 2013
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a graça de não fazer nenhum

❥ em modo sozinha em casa e a vegetar o dia inteiro entre o quarto e a cozinha

lá fora está um daqueles dias lindos. tive a felicidade de sentir o sol e o seu calor reconfortante. sai um obrigado especial por isso ao senhor, parvalhão, que não largou a campainha numa dança sonora repetida. perante o seu desespero apresentei-me à porta de pijama, e máscara no rosto, a pensar que ia socorrer alguma desgraça, mas não, só queria ter acesso ao contador da água. (ao sábado, seriously?!) mas adiante.

há dias em que o lema é não mexer uma palha. tão bom! quase sempre sem outra razão que não esta preguiça que me ataca após uma semana exigente, com noites mais curtas que o desejado. mas hoje não me apetece aproveitar este último dia de agosto que me faz recordar morte. aquela morte que já não dói, mas que relembra a ferida, a angústia dos dias de incerteza, o choque de pela primeira vez conhecer alguém que simplesmente escolheu partir. aquela que precipitou o fim de um capítulo da minha vida, aquela que até ao fim dos meus dias levantará sempre questões, que nunca serão respondidas ... 

sexta-feira, agosto 30, 2013

quero! #2

❥ quando eu voltar a dizer que não gosto, Deus meu, faz com que morda a língua

@zara #fall/winter 2013
49,95€

@mango #fall/winter 2013
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quinta-feira, agosto 29, 2013

explicar quem sou

❥ mas o amor, esse tenho a certeza, herdei-o dos dois

sou filha única. [mesmo que não o tenha sido a vida inteira, porque me esqueço sempre dos anos, alguns, em que tive um "irmão" mais velho. mas adiante.] "sou filha única" basicamente resume a minha de forma de ser e explica muitas (ou todas?) das minhas atitudes. e esta afirmação parece-me mais esclarecedora do que dizer que sou os olhos claros da minha avó Luísa e as sardas da minha tia Emília. [talvez a avó Maria também as tivesse, mas a vida não quis que eu a conhecesse.] mas talvez eu seja mais qualquer coisa. a força inesgotável da minha mãe e a lamechice do meu pai. mas o amor, esse tenho a certeza, herdei-o dos dois. e em dosagem superior à recomendada.

porque cá em casa o amor tem sabor, maçãs ou pêssegos carecas descascados antes de deitar. e também tem hora marcada, acordar com o leite e o café na quantidade perfeita, na mesa de cabeceira.

talvez da próxima vez diga apenas, sou amor.

a gaiola dourada ★

❥ porque é uma família portuguesa, com certeza


da minha aversão a filmes franceses já tive de dar o braço a torcer no "bem-vindos ao norte", no "amigos improváveis" e agora, mais uma vez, nesta produção luso-francesa. excelente elenco com gargalhadas e lágrimas asseguradas. a não perder.

terça-feira, agosto 27, 2013

dos sabores de ontem que viajam até hoje

❥ não fui uma criança cerelac

as poucas memórias que tenho desse tempo são dessa farinha ser um pequeno luxo. recordo que, às vezes, com as principais compras do mês na loja do Sr. Joaquim [numa época em que o continente significa, apenas e só, território nacional], lá vinha uma caixa que me deixava com o sorriso de orelha a orelha. para os restantes lanches podia contar com o pão com tulicreme. ou com açúcar, se a mãe não estivesse por perto. ou ainda com outras tentativas de papa quando a mãe esmagava, com a ajuda de um garfo, uma banana, bolachas maria e sumo de uma laranja. 

não fui uma criança cerelac, mas hoje em dia está sempre disponível no armário. tornou-se o meu conforto nas noites que teimam ser mais longas do que o esperado. nas noites, como esta, em que me apetecia ser pequenina outra vez.  

segunda-feira, agosto 26, 2013

come to mama #3

❥ mania minha de falar demais ou "pela boca morre o peixe"

@zara #fall/winter 2013
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porque, às vezes, o urgente é mudar

❥ ombré hair está na moda, eu não me fiz rogada e segui a tendência

sou naturalmente vaidosa, mas pouco no que diz respeito ao cabelo. sou mesmo um pouco descuidada nesse campo. nunca gostei de ter muito trabalho com ele, até porque não disponho do tempo necessário todas as manhãs. sempre fiz questão de o ter num corte simples, que me permitisse lavar e deixar secar sem recorrer ao secador, ou placa de alisamento. mesmo que tenha um dia insistido em comprar essas coisas, porque me podiam dar jeito. não dão.

há cerca de um mês, num daqueles ímpetos de mudança, pedi ao meu primo, cabeleireiro, para me dar uma ajuda. disse-lhe apenas que gostava de manter o comprimento e esperei pelas sugestões. chegaram fotos de modelos com franja e descolorações localizadas. o ombré hair está na moda, eu não me fiz rogada e segui a tendência. apostamos numa semi-franja longa, que me permite esconder atrás das orelhas e clareamos na zona interior.

o melhor de tudo, a leveza que senti ao sair daquele salão, o meu cabelo parecia não pesar mais do que uma grama. o pior, a distância que me separa das mãos mágicas do meu primo. 

domingo, agosto 25, 2013

ode ao verão, versão escrita

❥ porque os meus dedos cantam melhor do que a minha voz

vou sentir (muito) a tua falta, verão. dos dias longos que estendes (quase) até à hora de deitar. do conforto de sentir o teu calor logo ao sair de casa. dos reflexos que o meu cabelo ganha naturalmente. das esplanadas que multiplicas à beira-mar, mesmo que não me lembre de ter ido a muitas. da vontade com que nos deixas de fazer programas ao ar livre. de piquenicar. das cores néon nas unhas. dos mergulhos no mar, às vezes gelado. da doce ansiedade pela chegada das férias. do chapéu de palha. das manhãs passadas na praia ao melhor estilo, "virar frangos". das refeições leves. da água fresca. das sestas a seguir ao almoço. dos quilos que se perde, para voltar a ganhar no inverno. dos biquinis. das sardas no rosto. dos vestidos leves. do fizz de limão. das flores que pintam os campos. da minha pele dourada. e de chinelar o dia inteiro. mas, principalmente, e sobretudo, vou sentir falta de sonhar. de sonhar com um amor de verão.  

sexta-feira, agosto 23, 2013

i (don't) got you




façam o favor de entrar

❥ porque a perfeição existe para quem visita o Porto

há os espaços modernos, os lindos de morrer, os agradáveis, os interessantes, os giros, os confortáveis, os clean, os fofinhos, os que arrancam suspiros e os que nos fazem sonhar ... e depois há aquele espaço que é isso tudo e que gostávamos de encontrar sempre que estivéssemos longe de casa, para nos sentirmos em casa. 

a fine arts guesthouse é esse espaço e muito mais. a não perder.

quinta-feira, agosto 22, 2013

quando ser blogger deixa de ser (um) segredo

escrever não obedece a regras, apenas a estados de espírito

perguntou-me sobre o que escrevia no blogue. sobre tudo e sobre nada, respondi com o meu sorriso envergonhado. fiquei eu mais surpresa com a revelação do que a outra pessoa a ouvir-me. fixa-me com a sua admiração habitual e confirma que é um papel que me assenta bem. enrolo o meu olhar e não sou capaz de explicar mais nada ... 

as milhares de palavras publicadas nos últimos (seis?) anos atestam que não preciso de tema. qualquer respirar serve para desenrolar o novelo de palavras, umas vezes mais, outras menos emaranhadas. qualquer situação desencadeia uma opinião, uma reflexão, uma vontade. não preciso de uma linha lógica de raciocínio para revelar sentimentos, para libertar emoções, para dar voz ao coração. escrever não obedece a regras, apenas a estados de espírito, a desejos que raramente são reprimidos, a caprichos da alma e do corpo. 

e, às vezes, escrever pode ser deliciosamente revelador. para quem deixa as palavras fluírem, para quem as lê.

sim, sim, siiiiiiiim

❥ o sim é para os corajosos

o não é mais fácil. a resposta expectável. a forma descomprometida. o sim exige mais de nós. requer força anímica, entusiasmo. requer paixão. o não é castrador. é medo. o sim reinventa histórias. a nossa história. o não é o fim, antes sequer de começar. o sim é esperança. é futuro. o não é para os preguiçosos. para os cinzentos. para os derrotistas. o sim é para os corajosos. para quem compreende a urgência de viver. para quem reconhece que não é eterno.

nos últimos anos tenho familiarizado o não na boca, nos gestos e sobretudo no coração, mas gosto muito mais do sim. porque o sim é mais. sonhos, sorrisos, memórias, cores ... o sim é (mais) vida. 

quarta-feira, agosto 21, 2013

terça-feira, agosto 20, 2013

massagens ao ego

❥ só precisam de ser doces

bem simples e muito fáceis de fazer. acessíveis a todos, sem qualquer restrição de idade ou patologia. disponíveis ininterruptamente, sem necessidade de local e hora marcada. massagens que aquecem o coração e a alma. que nos colam instantaneamente um sorriso ao rosto. que nos fazem caminhar a alguns centímetros do chão. e felizmente há pessoas que sabem fazer isso tão bem. massagens proferidas ou escritas. por gestos ou comportamentos. seja qual for o método, só precisam de ser doces. massagens sem preço, mas de valor incalculável para quem as recebe. sem qualquer prejuízo para nenhuma das partes. massagens que dão vida, e reconhecem vida a quem as dá.

what I feel




segunda-feira, agosto 19, 2013

dos regressos, das rotinas (que se ganham, que se perdem) e afins

❥ porque são as pessoas que tornam os regressos doces

hoje foi, infelizmente, dia de regressar ao trabalho e de alinhar novamente nas velhas rotinas. percebi que, por mais vezes que na última semana antecipasse este dia na minha cabeça, ele nunca me encontraria devidamente preparada para enfrentar airosamente o fim (da vida boa) das férias. e por isso esta manhã, quando fui obrigada a acordar, senti uma vontade enorme de gritar "não. hoje não me apetece. tentamos novamente amanhã. hoje não.".

sem pressa, revirei-me mais alguns minutos na cama e recordei as pessoas fantásticas que ia encontrar assim que estacionasse o meu carro naquele cantinho onde não cabe nenhum outro. e, porque são as pessoas que tornam os regressos doces, recordei a sorte que tenho em trabalhar com elas, sorri e levantei-me. [também porque] de qualquer forma o sentido de responsabilidade não me permitiria esse luxo.

e agora à noite, depois do banho tomado, e já à espera do joão pestana, concluo que o mais difícil nem foi o acordar, foi a sesta que não fiz.

das oportunidades boas

❥ que a vida nos oferece para reflectir

quando na semana passada recebi a proposta para um trabalho, que eu já conheço tão bem, em regime de part-time, confesso que me senti lisonjeada por ver reconhecida a minha dedicação de tanto anos. e depois a possibilidade de aumentar o rendimento mensal é muito tentadora, não posso negar. eram três horas diárias que poderia com relativa facilidade conciliar com o meu trabalho a tempo inteiro, mas passado o entusiasmo inicial percebi que aquilo que abdicaria também tem valor e por isso vou recusar. é verdade que esta oferta poderia me ajudar a equilibrar a minha tendência consumista, shame on me, ou até proporcionar outros "voos", que o orçamento algumas vezes não me permite, mas também ia exigir uma limitação da disponibilidade que no momento dedico ao trabalho, ao ginásio, ao descanso ...

e já se sabe, o dinheiro não é tudo.

domingo, agosto 18, 2013

♕ dias de uma princesa

❥ "e quando sinto mesmo muito medo penso que as pessoas de quem se gosta nunca se perdem"


foi o primeiro livro publicado por uma blogger que comprei. já tive a tentação de comprar o livro da pipoca mais doce, mas de todas as vezes que o tive na mão acabei por não o fazer. a minha ausência da blogosfera durante o último ano fez com que deixasse de seguir os dias deliciosos da princesa Catarina, e foi através de um feliz zapping no canal sicmulher, onde a Catarina foi entrevistada a propósito do lançamento desta biografia, que lhe conheci o rosto. nesse momento tive a certeza que a queria (re)ler. foi o livro que me acompanhou nas férias e não desiludiu. reencontrei a sua escrita doce e despretensiosa, essa simplicidade, que sempre lhe reconheci nas palavras, quando não imaginava sequer que um dia poderia lê-las em papel. parabéns Catarina, pelo livro, e pela coragem de seres como és.

caudalíe lover

❥ e este não é um post publicitário, infelizmente 

já não me recordo há quanto tempo sou apaixonada pela marca. ou sequer como é que ela entrou nos meus dias. aliás, à primeira impressão tinha tudo para eu não sentir qualquer vontade de a experimentar, uma vez que sofro de uma anormal repulsa por tudo o que seja relacionado com vinho, uvas. mas a verdade é que experimentei, e que vou juntando cada vez mais produtos a esta minha paixão. como tenho uma pele com tendência para sardas, que monopolizam o meu rosto no verão, uso a linha anti-manchas, composta pelo serúm, hidratante e mais recentemente a máscara peeling enzimática. paralelamente uso o desmaquilhante, o protector solar rosto 50, a base mineral que me dá o ar "saudável" no inverno, o esfoliante que tem um cheirinho delicioso, o creme bronzeador para pernas que ainda intensifica o bronzeado, o óleo hidratante que salvou o meu cabelo do sal e do cloro durante as férias, enfim ... uma parafernália de produtos que vou descobrindo e dos quais já não consigo me separar.   

sábado, agosto 17, 2013

das descobertas tardias, mas fantásticas

❥ que já me apaixonou


usei o curvador de pestanas pela primeira vez, pelas mãos de uma amiga, esta semana. estávamos a arranjar-nos para uma saída e quando a vi com este (quase) objecto de tortura na mão não pude evitar o "mas isso não dói?". da resposta dela "não" até ao experimentar foi um instantinho. assim que me vi ao espelho soltei um deliciado e surpreso "ahhh". como podem perceber simplesmente adorei o resultado. agora só preciso de procurar esta beleza nas lojas da especialidade, perceber qual a marca que alia eficácia e segurança, e já nos consigo ver amigas por toda a vida.

não gosto de conduzir

❥ uma pessoa não precisa estar a vida inteira ao nosso lado para se tornar única e inesquecível

prefiro ser conduzida, mas a minha condição não me permite usar o banco do pendura com a frequência que gostaria. contingências do meu estado civil. mesmo assim há pessoas que me fazem percorrer quilômetros. e a kinhas é uma delas. a kinhas entrou na minha vida, sem que eu desse por ela, sem dia nem hora marcada. um dia espreitou os meus dias, do outro lado, e ficou. quando conheci a kinhas pessoalmente percebi, mais uma vez, que uma pessoa não precisa estar a vida inteira ao nosso lado para se tornar única e inesquecível. não temos uma história juntas, nem sequer vivenciamos momentos-chave das nossas vidas. e mesmo longe gostamos de sentir que estamos aqui, uma para a outra. porque há empatias que não se explicam, mesmo que a kinhas não saiba que eu não gosto de conduzir.

sexta-feira, agosto 16, 2013

a felicidade, sem preço

aquela que é genuína, autêntica. aquela que se alimenta de detalhes. aquela que faz a diferença.

não posso, não posso, não posso

❥ mas é mais forte do que eu

acabei de ir espreitar a nova colecção da zara. sim, confesso, sou aquilo que se pode chamar de zarólica anónima. as primeiras peças lançadas no site aquando o início das estacões normalmente não me apaixonam em grande número, felizmente. regra geral vou gostando de uma ou outra, mas tenho treinado o bastante para deixar de desejar as demasiado caras. e muitas vezes até encontro combinações perfeitas, um design bonito ao melhor preço. além disso, vou moderando a aquisição entre a impossibilidade financeira e o facto de muitas vezes aquilo que me salta à vista na realidade não me fica bem. graças ao Senhor, penso eu, por não ser alta e magra como as modelos. 

quinta-feira, agosto 15, 2013

da ambição

❥ ou da falta dela

tenho uma carência grave de ambição. não sei se alguma vez a tive, e se em determinada altura da vida a perdi, ou se sempre "sofri" com a sua ausência. também não sei se amanhã não a vou recolher na rua e arregaçar as mangas. apenas sei que não a reconheço nas minhas opções, na minha forma de estar. e este desprendimento revela-se em situações tão complexas, como não procurar um trabalho melhor remunerado, ainda que nos dias de hoje não seja tarefa fácil, como nos mais pequenos pormenores, como o desinteresse por adquirir algo material. 

mas note-se que tenho ambição de ser (mais) feliz, só não tenho nos genes a força visceral da procura, o impulso desmedido de trepar. mas diz-se que as conquistas sem luta sabem melhor. talvez por isso a minha fé seja maior que a minha ambição. talvez por isso tenho esperado que a vida me surpreenda, ora doce, ora amarga. 

terça-feira, agosto 13, 2013

a minha mala já aterrou em território nacional

❥ em modo feliz pois claro

tenho de confessar, quando nos foi dada a oportunidade de retirar da mala de porão aquilo que cada passageiro considerasse imprescindível trazer para Portugal, [alguns reclamavam documentos, outros chaves de casa ou carro] eu fiquei sem reacção. não sabia o que queria "salvar". lembrei-me do carregador do iPhone / iPad e do necessaire, mesmo consciente que estava a desrespeitar a regra que proíbe frascos de capacidade superior a 100ml na cabine. recordo que fui das últimas pessoas a embarcar, pela segunda vez, porque não queria sair perto da minha mala. fiquei alguns minutos a olhar para as minhas coisas, como se me estivesse a despedir, quando a minha vontade era agarrar nelas e desatar a correr para o avião. 

esta manhã quando recebemos a notícia que quatro das oito bagagens do nosso grupo tinham chegado, e enquanto não sabíamos a quem pertenciam, não quis pensar muito no assunto. não queria criar falsas expectativas e até já me estava a habituar à ideia que podia nunca mais a ver. poucas horas depois tive a confirmação que uma dessas era a minha e que, mesmo depois de ter sido revistada, os meus vestidos lindos! ainda se encontram dentro dela.

parece que posso concluir que sou materialista, e não pouco.

perigosamente pelo amor

 e pelo despertar de consciências adormecidas   


já tive momentos de aconselhar outras pessoas. de as querer alertar para os diversos cenários e alternativas, de as incentivar a pensar nas repercussões das opções e dos seus comportamentos. mesmo quando era eu que precisava de ajuda. já tive momentos de tentar fazer alguém perceber o que era realmente importante. elas, sempre, cada uma na sua posição individual, com o devido respeito pelo(s) outro(s), mas sim, pedindo que cada uma seguisse o seu próprio sentido de vida. pedindo que cada uma ouvisse a voz que preferiam calar, a do coração. 

parece que é mais fácil seguir a razão, mas disso não sei falar, sou o fruto de histórias, todas elas, tenham sido longas ou curtas, vividas intensa e imensamente com o coração. muitas experiências partilhadas que me ajudaram a perceber que as vontades são como móveis, e da mesma forma que os móveis se adaptam a cada assoalhada também existem vontades à medida de cada um de nós. mesmo quando a vontade é mais complexa do que um "sim" ou um "não". 

hoje, à luz dos trinta (e alguns) anos, evito o tipo de conversas. deixou de fazer sentido [e sinceramente chateia-me que se tenha tornado hábito expressar precisamente o contrário daquilo que realmente se deseja ou sente. interrogo-me o porquê, e acho que toda a vida o farei] mas mesmo assim caio muitas vezes na tentação de lançar uma ou outra frase, assim como quem nem quer a coisa, na esperança que a outra pessoa apanhe a semente e a faça crescer, apenas com a luz do seu coração.

segunda-feira, agosto 12, 2013

há poucas coisas melhores na vida

ou terei eu um padrão pouco ambicioso

do que regressar de uma viagem e marcar já a próxima. Amesterdão, aqui vou eu. serão quatro dias, daqui a cerca de dois meses, para palmilhar aquela cidade que me fascina há alguns anos. quero visitar a casa de Anne Frank, aquela que foi a minha paixão literária da adolescência, ir ao museu Van Gogh, ao Vondelpark, andar de bicicleta pelas ruas deliciosamente coloridas e passear de barco pelo canal. mas também se aceitam outras sugestões, das boas. 

sabes que tens um problema de gula

 ou um coração partido para reparar

quando devoras d-o-i-s toffee crisp de uma assentada.

[update: afinal foram t-r-ê-s]

o regresso faz-se agridoce

 Cabo Verde, ilha da Boa Vista


Cabo Verde foi sol, mas pouco, areia a perder de vista e um mar de temperatura aceitável para Atlântico. foi chinelos durante o dia e vestidos coquetes à noite. foi mergulhos na água azul céu ao nascer e ao pôr-do-sol. foi caminhar ao longo do areal e ver tartarugas no mar. foi piruetas na piscina do hotel que se confundia com a linha do horizonte. foi gastar, mais do que o previsto, o creme de aloe vera, mesmo que o índice de proteção solar fosse 50. foi passeio de moto 4 pelas dunas, banhos de lama, "refeições" de pó. foi viajar sentada num banco de madeira, na traseira de um jipe, e mesmo conhecendo a realidade do povo ficar impressionada com a pobreza da capital, Sal Rei. foi deliciar-me com a cor que o meu corpo ia ganhando, mesmo com a sensação de pele "fritada" e amaldiçoar as manchas no rosto. foi assistir aos espectáculos preparados pelo staff do hotel e dançar música cabo verdiana até doerem os pés enfiados nos saltos altos. em Cabo Verde não havia digestão e as refeições faziam-se sem restrições, com tudo a que tínhamos direito. com batatas fritas ao jantar e crepes de chocolate ao pequeno-almoço. foi gritar a cada barata do tamanho de um ovo e rezar para que nenhuma abelha, que insistia habitar na nossa casa-de-banho, me quisesse deixar marca. foi procurar no mar a máquina fotográfica de água e gritar de alegria quando a vimos na mão de alguém no ar.

Cabo Verde fez-se de recordações muito-muito doces, com amigos daqueles dos bons, mas Cabo Verde foi (ainda) chegar a Portugal sem mala. trazidos por uma companhia aérea que revelou uma extrema falta de profissionalismo, com informações contraditórias e justificações absurdas. no fundo é bom regressar a "casa", mas as roupas preferidas andam ainda por lá, sem a certeza de que elas também possam regressar ...

domingo, agosto 04, 2013

e lá vão sessenta

 e que a vida se faça mais doce

quando olho para a minha mãe vejo-a nos quarenta, aliás tenho-a visto nos quarenta nos últimos vinte anos. apesar de todas as mazelas que a saúde lhe tem infelizmente oferecido não a reconheço nos sessenta que hoje festeja. comemorar um aniversário normalmente significa apenas somar mais um ano, mas este ano é o virar de uma década e espero com todo o coração que a nova lhe traga menos lágrimas. espero que os seus sonhos se voltem a construir, e que nas adversidades da vida continue a sentir a sua enorme força. hoje não estou ao seu lado, mas estou feliz, e tenho a certeza que esse é dos seus maiores desejos, hoje e sempre.

[post agendado]

sábado, agosto 03, 2013

[modo férias a sério: ON]

 porque ainda há sonhos dos bons para realizar


daqui a umas horas aterro na ilha da Boa Vista. [inserir um sorriso gigante aqui] são umas férias diferentes a que me habituei nos últimos anos, habitualmente as escolhas recaem sobre destinos citadinos, onde a praia nem sequer costuma ser requisito obrigatório, mas desta vez saiu-me um resort com tudo incluído na rifa.

ao meu lado seguem bons amigos e na bagagem uma vontade gigante que os nossos dias sejam absolutamente perfeitos.

quinta-feira, agosto 01, 2013

das pessoas que trago no coração

 e dos amores gigantes que transbordam do peito

ando há uns dias a procurar as palavras perfeitas para deixar gravadas à minha mana de coração. este ano, talvez o primeiro que me lembre, não vou estar presente no seu aniversário e o vídeo servirá para encurtar um pouquinho a nossa distância. depois de alguns rascunhos tenho de reconhecer que escrever sobre quem amamos não é fácil. explicar as razões porque ela é tão especial para mim é como tentar explicar o porquê do amarelo ser amarelo. é, e pronto. e esta (nossa) amizade, que dura há mais anos do que a minha memória me permite recordar, faz-se há décadas de partilhas, de silêncios, de fins, de recomeços, de muitos sorrisos e de algumas lágrimas também. e mesmo sem a abraçar nesse dia tão especial, tenho a certeza que ela conhece o meu desejo, a sua felicidade, para sempre! 

love is to be made





vai um corneto de chocolate?!?

 isso ou crepe do mesmo no Meidin*

as minhas dietas sempre foram de chorar a rir, porque de forma muito simples, sou uma preguiçosa de primeira. durante o inverno ainda fui fazendo ginásio, e portanto tinha de comer de tudo, mas chega o calor e o exercício físico, ou a ideia de sufocar em cima de uma bicicleta, torna-se demasiado penoso. portanto nos últimos dois meses a ideia era reduzir as calorias ingeridas, acabar com os hidratos à noite, beber mais água, comer mais fruta, mas rapidamente cheguei à conclusão que sou capaz de aguentar sem doces, na loucura, entre o almoço e o jantar. sim, sou daquelas pessoas que tão depressa diz "ai, preciso tanto de emagrecer" como estou a comer um chocolate (ou dois), um bolo ou um saco de gomas. eu vontade até tenho, falta-me é a força para resistir ao que mais gosto. porque nem mesmo pelo sonho de ter uma barriga lisa isto vai.

*restaurante junto à Boavista no Porto que simplesmente adoro