as poucas memórias que tenho desse tempo são dessa farinha ser um pequeno luxo. recordo que, às vezes, com as principais compras do mês na loja do Sr. Joaquim [numa época em que o continente significa, apenas e só, território nacional], lá vinha uma caixa que me deixava com o sorriso de orelha a orelha. para os restantes lanches podia contar com o pão com tulicreme. ou com açúcar, se a mãe não estivesse por perto. ou ainda com outras tentativas de papa quando a mãe esmagava, com a ajuda de um garfo, uma banana, bolachas maria e sumo de uma laranja.
não fui uma criança cerelac, mas hoje em dia está sempre disponível no armário. tornou-se o meu conforto nas noites que teimam ser mais longas do que o esperado. nas noites, como esta, em que me apetecia ser pequenina outra vez.
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