segunda-feira, agosto 12, 2013

o regresso faz-se agridoce

 Cabo Verde, ilha da Boa Vista


Cabo Verde foi sol, mas pouco, areia a perder de vista e um mar de temperatura aceitável para Atlântico. foi chinelos durante o dia e vestidos coquetes à noite. foi mergulhos na água azul céu ao nascer e ao pôr-do-sol. foi caminhar ao longo do areal e ver tartarugas no mar. foi piruetas na piscina do hotel que se confundia com a linha do horizonte. foi gastar, mais do que o previsto, o creme de aloe vera, mesmo que o índice de proteção solar fosse 50. foi passeio de moto 4 pelas dunas, banhos de lama, "refeições" de pó. foi viajar sentada num banco de madeira, na traseira de um jipe, e mesmo conhecendo a realidade do povo ficar impressionada com a pobreza da capital, Sal Rei. foi deliciar-me com a cor que o meu corpo ia ganhando, mesmo com a sensação de pele "fritada" e amaldiçoar as manchas no rosto. foi assistir aos espectáculos preparados pelo staff do hotel e dançar música cabo verdiana até doerem os pés enfiados nos saltos altos. em Cabo Verde não havia digestão e as refeições faziam-se sem restrições, com tudo a que tínhamos direito. com batatas fritas ao jantar e crepes de chocolate ao pequeno-almoço. foi gritar a cada barata do tamanho de um ovo e rezar para que nenhuma abelha, que insistia habitar na nossa casa-de-banho, me quisesse deixar marca. foi procurar no mar a máquina fotográfica de água e gritar de alegria quando a vimos na mão de alguém no ar.

Cabo Verde fez-se de recordações muito-muito doces, com amigos daqueles dos bons, mas Cabo Verde foi (ainda) chegar a Portugal sem mala. trazidos por uma companhia aérea que revelou uma extrema falta de profissionalismo, com informações contraditórias e justificações absurdas. no fundo é bom regressar a "casa", mas as roupas preferidas andam ainda por lá, sem a certeza de que elas também possam regressar ...

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